Certisign na mídia: Jornal O Globo
19/06/18 15:54:17A Certisign destacou-se no Jornal O Globo dessa semana, a matéria foi publicada no jornal impresso e online. A publicação conta uma novidade da empresa, o lançamento da solução FaceCheck, aplicativo de biometria facial que diminui o risco de fraudes. Em entrevista Igor Rocha, diretor da Certibio – unidade de biometria da Certisign – falou sobre esse tema, que sempre desperta tanta curiosidade.
Confira a matéria aqui.
Tecnologias do ‘grande irmão’ ao alcance da mão
Aplicativo lançado nesta terça-feira usa reconhecimento facial e inteligência artificial para validar identidade e coibir fraudes em compras
RIO – A cada 16,8 segundos uma pessoa tenta se passar por outra no Brasil, em tentativas de fraude que geram prejuízos milionários a lojistas, bancos, empresas de telefonia e outros setores da economia e acabam sendo cobrados da própria população em geral via preços e juros mais altos. Mas o avanço da tecnologia está tornando cada vez mais difícil a vida desses criminosos. E em breve alguns dos recursos mais sofisticados nesta batalha estarão ao alcance das mãos de qualquer um com um smartphone com conexão à internet.
Lançado nesta terça-feira no Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (Ciab Febraban), que acontece de hoje a quinta-feira em São Paulo, o aplicativo FaceCheck usa sistemas de reconhecimento facial e inteligência artificial para validar a identidade de uma pessoa “no ato”. Desenvolvido pela Certibio, divisão de biometria da empresa de certificação digital Certisign, o FaceCheck compara foto do rosto do potencial cliente ou correntista feita na hora pelo usuário com a imagem associada ao seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) no banco de dados do cadastro nacional de condutores de veículos do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), respondendo em poucos segundos se são a mesma pessoa ou não, com uma margem de erro de menos de 1%.
- Queremos oferecer segurança não só para os agentes econômicos mas também para os milhares de cidadãos vítimas de roubo de identidade todos os anos no Brasil – conta Igor Rocha, diretor da Cartibio. - Com nosso sistema, o fraudador vai ter uma dificuldade muito maior para se passar por outra pessoa.
E não são poucas as oportunidades para este tipo de crime no país. Segundo Rocha, anualmente são abertas por volta de 4,5 milhões de novas contas nos bancos brasileiros e realizadas aproximadamente 170 milhões de consultas de CPF para abertura de crediários no varejo, assim como cerca de 23 milhões de operações de habilitação ou mudança de planos de celular pós-pagos, entre outras transações vulneráveis a fraudes de identidade que o aplicativo poderá ajudar a impedir.
Ainda de acordo com o executivo, tudo isso será feito sem prejuízo à privacidade dos em torno de 70 milhões de brasileiros portadores de carteira nacional de habilitação (CNH) que têm as fotos de seus rostos no banco de dados do Serpro. Isso porque, explica, a consulta só pode ser feita mediante informação do CPF da pessoa a ter sua identidade validada, dado que ela necessariamente terá que fornecer para abrir a conta ou crediário ou realizar qualquer outra transação comercial. Além disso, a única resposta do aplicativo será se a imagem capturada na hora e enviada confere com a foto deste CPF armazenada no Serpro em forma de percentual, não fornecendo mais nenhuma outra informação sobre a ela.
- Nosso serviço é fruto de um acordo de cooperação tecnológica com o Serpro que nos dá acesso ao banco de dados público das fotos da CNH apenas para a comparação e não fornece mais nenhuma outra informação da pessoa – garante Rocha. - E ele só será usado em uma situação em que a pessoa está informada de que terá sua identidade validada com uma foto tirada na hora com sua concordância, com mais nenhum dado sobre ela sendo transmitido para nós ou para o cliente que usar o serviço.
A FaceCheck funciona usando tanto princípios da biometria quanto o poder da inteligência artificial. No primeiro caso, o sistema usa mais de mil pontos referenciais no rosto de uma pessoa para calcular medidas únicas como a distância entre os olhos ou da ponta do nariz à ponta do queixo para fazer a comparação com a foto no banco de dados das CNH. Já as redes neurais do algoritmo compensam variações pequenas no posicionamento da face nas duas imagens, como inclinação para um lado ou estar levemente abaixada, ou de iluminação do ambiente de forma a facilitar a captura para comparação e aumentar a precisão.
- Isso permite tornar o processo muito mais confortável tanto para o usuário quanto para a pessoa que está tendo sua identidade validada – destaca Rocha. - Desde que a captura tenha uma quantidade mínima de pontos referenciais para fazer a comparação, o posicionamento do rosto e a iluminação do ambiente não são um problema muito grande.
Diante disso, o FaceCheck tem três respostas possíveis para validação da identidade. Se o percentual de semelhança na comparação das duas imagens for igual ou superior a 93%, o sistema considerará que se tratam da mesma pessoa. Já similaridade igual ou abaixo de 30% significará não, enquanto valores intermediários vão requerer repetição do processo, com possíveis alterações no posicionamento da face e iluminação na captura da foto para nova comparação.
Ainda de acordo com Rocha, o sistema de inteligência artificial também vai impedir tentativas de “enganar” o serviço usando fotos impressas em alta resolução retiradas, por exemplo, das redes sociais das vítimas de roubo de identidade, numa funcionalidade adicional denominada liveness detection (“detector de vida”, em tradução livre).
Com isso, o sistema pode ter certeza de que está fazendo a comparação a partir de uma imagem de uma pessoa viva obtida ao vivo naquela hora – diz.
Segundo Rocha, inicialmente o FaceCheck só estará disponível para clientes institucionais pré-determinados, como bancos, redes de varejo e locadoras de veículos. Mas até o fim do mês o aplicativo deve chegar às lojas on-line tanto para smartphones iOS quanto Android. Cada consulta com resultado definitivo (“sim” ou “não” para a validação) terá um custo estimado entre R$ 2 e R$ 5, a depender das funcionalidades adicionais pedidas, como o liveness detection, e da quantidade de consultas pré-contratadas ou não, sendo também possível comprar “pacotes” com determinado número de consultas ou realizar, e pagar, uma a uma de acordo com a necessidade do usuário.
Fonte: O Globo - Tecnologia - 12/06/2018