Gestão de identidade é aliada da transformação digital
14/12/18 10:30:43Henri Sternberg*
No contexto do processo disruptivo que tem mobilizado crescente contingente de empresas, em todos os setores de atividades, a questão dominante é a transformação digital, decisiva para o sucesso de sua inserção na 4ª Revolução Industrial (Indústria 4.0) e atendimento à Lei de Proteção de Dados. A importância do tema é muito evidente na busca de soluções capazes de contemplar todas essas variáveis, por parte de numerosas startups.
Realizar com eficácia essa etapa de transformação essencial para a sobrevivência, crescimento e solidez dos negócios neste novo mundo do Século XXI implica superar três barreiras cruciais: a cultural, a normativa e legal e a tecnológica. Para a maioria das instituições, as duas primeiras são mais complexas, considerando-se que já existe grande disponibilidade de plataformas tecnológicas.
É verdade! Porém, uma das principais razões para a superação dos obstáculos culturais, inclusive para se atender às determinações do arcabouço legal, é justamente a adoção de critérios adequados para o aporte tecnológico.
Outra questão cultural relevante diz respeito ao conceito de “transformação digital”. Pesquisa realizada pela Gartner, consultoria da área tecnológica dos Estados Unidos, mostra que 34% dos projetos de mudança só otimizam processos; 51% otimizam e mudam pouco; apenas 15% são efetivamente transformadores. É verdade que a mera otimização propicia mais produtividade, receita e satisfação de cliente. A transformação real, contudo, provê tudo isso e mais: nova forma de se relacionar com o mercado em produtos e serviços; modelos de negócios mais assertivos; e captação da experiência do cliente.
O significado da efetiva revolução digital é referendado por fatores reais e incontestáveis. O primeiro deles refere-se ao fato de que as novas estratégias demandam entender o mercado, os concorrentes, portfólio e aspectos de diferenciação da marca. É essencial analisar o desempenho da empresa e de seus concorrentes de maneira rápida, pois isso alavanca o crescimento e reduz custos. O segundo é que a experiência do cliente tornou-se aspecto primário na análise das estratégias e do “Go to Market”. O terceiro fator é que reduzir custos é uma consequência de revisão de processos de negócios e adoção das iniciativas de transformação digital.
A análise prévia de todos os processos de uma empresa é outra questão atrelada ao fator cultural. É preciso revisá-los. Caso contrário, se automatiza o que é ruim. Não se deve levar vícios administrativos para o ambiente digital, pois a tecnologia não faz milagres.
A boa notícia em tudo isso é que a gestão da identidade é uma forte e eficaz aliada para a superação das barreiras e solução dos desafios relativos à transformação digital. A gestão da identidade viabiliza com segurança a digitalização de documentos (impressão, logística, “Back office” e espaço de armazenamento), Time to Market” (menor tempo de resposta a processos de negócios) e menos integrações e complexidade na arquitetura de sistemas e processos.
Tecnologias como a da Certificação Digital ICP-Brasil, do portal de assinaturas, da biometria e do Carimbo do Tempo são grandes aliadas da transformação digital. Elas propiciam a mudança da rotina empresarial para o ambiente eletrônico, a digitalização de processos, assinaturas de documentos com segurança e validade jurídica - sem papel e sem caneta - e armazenamento simplificado. Na área da educação, por exemplo, possibilita a tramitação e gestão de assinaturas de livros de classe, diplomas e certificados. Na área financeira, os ganhos estão na automatização da captura de arquivos, validação dos dados, garantia de identidade e armazenamento de documentos. Na saúde, a transformação digital elimina o papel de todos os processos: da chegada do paciente à alta.
Promover de maneira correta e eficaz a transformação digital é um fator decisivo para a competitividade das empresas. O sucesso nessa empreitada começa na correção e modernização de todos os processos e na escolha da melhor tecnologia para implementar os novos modelos. Ou seja, não basta fazer. É preciso fazer certo!
*Henri Sternberg é diretor de Negócios Corporativos da Certisign.